TCDF cobra esclarecimentos a Ibaneis
- Vitoria Soares
- 13 de jul.
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Por: Thamiris de Azevedo

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou prazo de cinco dias, a contar da última quinta-feira (31), para que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), a Casa Civil, a Secretaria de Economia do DF e o atual secretário, Ney Ferraz, apresentem esclarecimentos sobre a permanência do titular da pasta condenado, em 3 de julho, a nove anos e nove meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A medida foi tomada após representação protocolada pelo deputado distrital Gabriel Magno (PT), que questiona a manutenção de Ferraz no cargo mesmo após sua condenação proferida em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Ao jornal, Magno declara que a permanência do secretário no comando da pasta de Economia contraria a Lei Orgânica do DF, que veda a nomeação para cargos comissionados de pessoas condenadas por crimes graves.
Em entrevista à imprensa, em 24 de julho, o governador do DF afirmou que não pretende afastar o secretário do cargo até o final do ano, enquanto aguarda o julgamento do recurso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
À reportagem, em nota, o TCDF destaca a relevância dos fatos e a necessidade de ouvir os envolvidos para avaliar o pedido do distrital, que visa o afastamento provisório do secretário até a decisão final.
O Correio da Manhã tentou contato com a defesa de Ney Ferraz, que disse que não irá se manifestar sobre o caso.
Condenação
A “Operação Imprevidentes”, realizada pela Polícia Civil do DF, indicou um esquema fraudulento no âmbito do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do DF (Iprev), constatando irregularidades relacionadas ao chamamento em edital para a obtenção de credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras em 2021.
Em decorrência da operação, o Ministério Público do DF (MPDFT) denunciou o atual secretário de Economia, que à época era presidente do Iprev. Em julgamento proferido pela primeira instância do TJDFT, em fevereiro, Ferraz foi absolvido da acusação de corrupção, mas condenado a mais de seis anos por lavagem de dinheiro.
Após recurso do MP, a 1ª Turma Criminal do TJDF reformou a sentença e impôs pena de nove anos e nove